Gartner revela quais serão as principais preocupações e investimentos das empresas para se proteger.
O Gartner divulgou as principais previsões de cibersegurança para este ano e 2024. De acordo com as mais recentes pesquisas, 50% dos diretores de segurança da informação adotarão um design centrado no ser humano para reduzir os atritos operacionais da cibersegurança; as grandes empresas vão se concentrar na implementação de programas ’Zero Trust’; e metade dos líderes de cibersegurança tentará usar, sem sucesso, a quantificação dos riscos cibernéticos para direcionar a tomada de decisões corporativas.
Confira as oito previsões da organização:
Até 2027, 50% dos CISOs adotarão formalmente práticas de design centradas no ser humano em seus programas de cibersegurança para minimizar o atrito operacional e maximizar a adoção de controle. Pesquisa do Gartner mostra que mais de 90% dos colaboradores que admitiram realizar uma série de ações inseguras durante o trabalho já sabiam que suas ações aumentariam o risco para a organização, mas o fizeram de qualquer maneira.
10% das organizações vão usar com sucesso a privacidade como uma vantagem competitiva – As empresas estão começando a reconhecer que um programa de privacidade pode permitir que elas usem dados de forma mais ampla, diferenciando-se dos concorrentes e criando confiança com clientes, parceiros, investidores e órgãos reguladores. O Gartner recomenda que os líderes de segurança apliquem um padrão de privacidade abrangente de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) para se destacarem em um mercado cada vez mais competitivo e crescerem sem obstáculos.
Até 2026, 10% das grandes empresas terão um programa abrangente, maduro e mensurável de ’Zero Trust’ em vigor, acima dos menos de 1% hoje – Uma implementação de ’Zero Trust’ madura e abrangente exige integração e configuração de vários componentes, o que pode ser bastante técnico e complexo. O sucesso é altamente dependente da conversão em valor comercial. Começando pequeno, uma mentalidade de ’Zero Trust’ em constante evolução facilita compreender os benefícios de um programa e gerenciar parte da complexidade em uma etapa de cada vez.
Até 2027, 75% dos colaboradores adquirirão, modificarão ou criarão tecnologia fora da visibilidade da TI, acima dos 41% em 2022 – Reenquadrar o modelo operacional de cibersegurança é a chave para as mudanças que estão por vir. O Gartner recomenda pensar além da tecnologia e da automação para se envolver profundamente com os colaboradores, influenciar a tomada de decisões e garantir que eles tenham o conhecimento apropriado para agir de maneira informada.
Até 2025, 50% dos líderes de cibersegurança tentarão, sem sucesso, usar a quantificação do risco cibernético para orientar a tomada de decisões corporativas – A pesquisa do Gartner indica que 62% das empresas que adotam a quantificação de ameaças citam ganhos leves em credibilidade e conscientização sobre o problema, mas apenas 36% alcançaram resultados baseados em ações, incluindo redução de riscos, economia de dinheiro ou influência real na decisão.
Até 2025, quase metade dos líderes de cibersegurança mudará de emprego, dos quais 25% irão para funções diferentes, principalmente causa do estresse relacionado ao trabalho – Acelerado pela pandemia e escassez de pessoal em todo o setor, as pressões de trabalho do setor estão aumentando e se tornando insustentáveis. O Gartner sugere que, embora eliminar esse problema seja irreal, os profissionais podem gerenciar trabalhos desafiadores e estressantes em empresas que oferecem apoio e são capazes de mudar as regras de engajamento para promover mudanças culturais.
Até 2026, 70% dos Conselhos de Administração incluirão um membro com experiência em cibersegurança – Para que os líderes desse setor sejam reconhecidos como parceiros de negócios, eles precisam reconhecer o apetite pelo risco do Conselho de Administração e da companhia. Isso significa não apenas mostrar como o programa de cibersegurança evita que coisas desfavoráveis aconteçam, mas também como melhora a capacidade da empresa de assumir riscos de maneira eficaz.
Até 2026, mais de 60% dos recursos de detecção, investigação e resposta a ameaças (TDIR – Threat Detection and Incident Response, do inglês) aproveitarão os dados de gerenciamento de exposição para validar e priorizar os riscos detectados, acima dos 5% atuais – À medida que as superfícies de ataque organizacional se expandem devido ao aumento da conectividade, assim como o uso de Software como Serviço (SaaS) e de aplicativos em Nuvem, as empresas exigem uma ampla gama de visibilidade e um local central para monitorar constantemente as ameaças e a exposição.
_____________________________________________________________________________ Edição: Marcio Junior - Especialista MSP Addee SolarWins e DPO, Cyber Security.
Com mais de 20 anos de experiência na área de TI, graduado em Sistema de Informação, Pós Graduado em Gestão de Software e Qualidade de Software, Pós Graduado em Computação Forense e Perícia Digital, Consultor em LGPD, Especialista em Cyber Security.
É entusiasta das mais diversas áreas em T.I. Trabalhando para melhores prática de serviços de TI no Brasil.
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