O desafio de planejar 2022
Todo início de ano é igual. Os gurus, experts e médiuns de plantão fazem suas previsões para o ano que se inicia. Eles não se cansam. Erraram a maior parte das suas previsões dos últimos 10 anos, mas como nossa memória é curta e ninguém se dá ao trabalho de anotar os palpites de cada um e cobrá-los, estão eles aí firmes este ano. Os futurólogos mais cuidadosos trabalham com três cenários. O positivo, o neutro e o negativo. Mesmo com essa esperteza, está muito difícil fazer previsões para 2022.
As nossas revendas de TI/Telecom, entretanto, precisam planejar o seu ano. Precisam de algumas diretrizes para definir seus investimentos ou desinvestimentos. Nossa obrigação é ajudá-los. E, para tal, somente fatos devem ser considerados:
O trabalho remoto vai continuar, independentemente de como a pandemia do COVID 19 e variantes vão se comportar. Esse fato inquestionável traz oportunidades claras para o nosso mercado. Funcionários trabalhando permanentemente ou eventualmente em casa, num cybercafé ou numa casa na praia, acessando por meio da Internet, dados corporativos, são um prato cheio para os hackers. A segurança cibernética das empresas neste novo mundo descontroladamente distribuído, tem que ser tão boa ou melhor do que a segurança dentro das redes internas das empresas.
Outro fato é a crescente adoção de infraestrutura nas nuvens públicas, como AWS, Microsoft Azure, Google, IBM e outros. Esse fenômeno se repete faz 7 anos, e nada indica que vá diminuir. Os investimentos em infra própria seguem existindo, mas com crescimento muito baixo para os padrões do mercado de TI. Com as nuvens públicas, clientes médios e pequenos que sempre sofreram para manter seus pequenos data centers atualizados agora têm acesso, em pouquíssimo tempo, ao estado da arte da tecnologia da informação. E pagando como serviço!
5G vai acontecer este ano no Brasil. Trata-se de uma concessão já licitada e com contratos assinados. É uma enorme oportunidade de negócios para todo o ecossistema de TI/Telecom no país. Não será realidade, entretanto, na velocidade que todos queremos e precisamos.
As novidades de sempre como IoT, IA, realidade aumentada e outras tecnologias emergentes, mas não recentes, devem ser analisadas com uma visão bem pragmática e menos romântica. Tecnologias novas têm que gerar valor, econômico ou estratégico. Não têm que ser sexy.
Acredito que essa seja a tendência para 2022, claro podemos ter algo novo, estamos sempre em mudança.
Tem algo a acrescentar deixe nos comentários.
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Autor: Marcio Junior - Especialista MSP Addee SolarWins e DPO, Security Specialist.
Com mais de 17 anos de experiência na área de TI, graduado em Sistema de Informação, Pós Graduado em Gestão de Software e Qualidade de Software, Pós Graduado em Computação Forense e Perícia Digital, Consultor em LGPD.
É entusiasta das mais diversas áreas em T.I. Trabalhando para melhores prática de serviços de TI no Brasil.
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